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Investimentos e capital de giro para o negócio

Montar um negócio, mudar de ramo profissional, dar uma guinada na própria vida, enfim, tomar familiaridade com a palavra “lucro” é o desejo de 10 entre 10 novos, antigos e potenciais empreendedores. Para alcançar o sucesso, entretanto, algumas ações são necessárias. Além de todas as providências do cotidiano empresarial (elaborar plano de negócio com foco na viabilidade técnica e econômica, preparar fluxo de caixa, determinar a necessidade de capital de giro, traçar cenários, organizar estoque, etc.), para sustentar o negócio e crescer, um outro tema requer muita atenção, sob pena das coisas desandarem: a maneira como conseguir investimentos e capital de giro.

“O chamado ‘capital empreendedor’ deve estar entre as prioridades da empresa, de qualquer porte. É com ele que o empresário, ou futuro empresário, vai captar recursos para realizar os planos e projetos de longo prazo para o seu negócio”, ressalta o analista do Sebrae Minas Arnou dos Santos.

Na detecção do capital empreendedor, o que se busca é uma forma de financiamento para o negócio. “Ou seja, um investidor, mais precisamente um investidor de risco”, diz o analista. Este agente é aquele que aporta recursos no negócio em troca de participação societária e/ou ganho sobre o recurso investido.

“Normalmente, é uma participação minoritária. O aporte financeiro que ele destinar pode ocorrer em momentos variados do projeto, seja em negócios incipientes ou em algum que já esteja há tempos no mercado, mas que precisa de recursos para continuar crescendo”, reforça Arnou.

Vale destacar que, na necessidade de buscar recursos para a empresa, a prática mais conhecida é o empréstimo, definida como a clássica ação em que a empresa capta os recursos, que serão devolvidos ao longo do tempo, com juros. Já no caso do capital empreendedor, o investidor fornece a verba e passa a ser sócio, com o objetivo de vender sua parte depois de algum tempo por um valor superior.

“Claro que o capital empreendedor seguirá uma gradação conforme o estágio de evolução da empresa”, frisa Arnou. A seguir, as gradações das fontes de recursos mais comuns para as micro e pequenas empresas (MPE).

Estágios do capital empreendedor

  • Pré-semente – Compreende os investidores básicos, focados em empresas com pouca receita, que estão na fase de desenvolvimento de produtos e de validação do modelo de negócio. Os recursos investidos ficam entre R$50 mil e R$500 mil, utilizados para: finalizar o produto, conquistar os primeiros clientes; custear a entrada no mercado. Nesta categoria estão os investidores anjos (pessoas físicas, normalmente empresários ou executivos de grandes empresas), ou aceleradoras (que investem em diversos negócios iniciais); equity crowdfunding (grupo de investidores que trabalham online).
  • Capital semente – Para os negócios que já estão em operação, possuem receita recorrente, mas estão com dificuldade para crescer. Recursos entre R$500 mil e R$5 milhões, para: expansão da clientela, incremento no desenvolvimento de produto/serviço, abertura de canais de venda e distribuição. Além dos anjos e do crowdfunding, aí entram também os Fundos de Investimento de Capital Semente (grupo de investidores, ou “cotistas”).
  • Venture Capital – Literalmente, capital empreendedor, destinado a negócios em fase de consolidação e em expansão, com valores entre R$5 milhões e R$30 milhões para: expansão de linha de produtos e aquisição de empresas concorrentes. Os investidores são os Fundos de Investimento de Venture Capital.
  • Private Equity – Focado nas empresas robustas e lucrativas e que tencionam entrar em nova fase de crescimento. Recursos acima de R$30 milhões para aquisição de outras empresas, expansão internacional e preparação para abertura de capital. A verba virá também de Fundos de Investimento de Private Equity.

 

Fonte: https://goo.gl/1A0HSe