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Inovação sem tamanho

Pequenas e médias empresas representam 99% do total de empresas no Brasil, além de gerar 27% do PIB brasileiro, segundo dados do Sebrae. O Centro de Inovação e Tecnologia do SENAI, por meio de sua gerência de Empreendedorismo Tecnológico, recebeu, no dia 18/07, o workshop “Inovação para Pequenas Empresas”. O evento teve como foco debater soluções e iniciativas de apoio e incentivo à inovação tecnológica a esse tipo de negócio.

O superintendente de Inovação e Tecnologia do Sistema FIEMG, José Policarpo Gonçalves de Abreu, ressaltou que a aproximação entre os vários agentes do setor é importantíssima para a competitividade do Brasil. Segundo o executivo, iniciativas como o debate do desenvolvimento tecnológico e de inovação brasileiro com pequenas empresas pode ser um facilitador na resolução de um grave problema do país que é a gritante diferença entre produção científica e de inovação.

“O Brasil é o 15º no ranking de produção científica e apenas o 69º no quesito inovação. Por isso, é cada vez mais necessário que haja o constante diálogo para incentivar o Estado, empresas e academia a trabalharem em conjunto”, salientou.

Segundo o professor da Universidade Federal de Minas Gerais, Raoni Bagno, um dos palestrantes do workshop, as empresas precisam incorporar a ideia de que a inovação hoje não é mais um aspecto que garante apenas a competitividade, mas também a sobrevivência das empresas. “Não faltam ideias. Mas por uma série de fatores, elas não são colocadas em prática. É necessário um conhecimento profundo da área, um ambiente propício e parceiros para que a inovação ocorra. Isso além de garantir a capacidade de garantir mercado para o negócio, garante sua existência a longo prazo”, finaliza.

Outro ponto abordado por Bagno é o fato de existirem muitos mitos relacionados à inovação. Segundo ele, é muito comum que o conceito seja erroneamente ligado apenas à tecnologia, startups ou a “estalos de mentes brilhantes” como Steve Jobs. O especialista explica que a inovação nada mais é que a exploração de novas ideias com sucesso e que, além disso, podem trazer grandes resultados para qualquer empresa.

“A ideia por trás do conceito é simples, uma vez que produtos e processos inovadores conquistam clientes, assim como exploram demandas não reconhecidas, criam mercados e também podem afetar positivamente a produtividade e assertividade nas operações da empresa,” concluiu.

Celso Chapinotte, diretor da Gartner, pontuou que a inovação não tem a ver com porte. Para ele, o comportamento empresarial nos negócios é muito mais relevante para a construção de uma cultura inovadora que a capacidade de recursos da empresa.

“Estamos passando pelo fenômeno da 4ª Revolução Industrial, que nada mais é do que a quebra da barreira entre homem e máquinas. Isso abre uma possibilidade enorme para qualquer tipo de empresa, desde que ela saiba aproveitar essa onda e utilizar conceitos como inovação, negócios, capital humano, estatísticas e internet das coisas,” finalizou.

Durante o evento, as empresas também puderam conhecer serviços disponibilizados pela gerência de empreendedorismo tecnológico do Sistema FIEMG como o Laboratório Aberto do SENAI e editais de fomento como Sibratechshop/Sebraetec e edital SESI/SENAI de inovação. Outro destaque foi o programa “Inovação para pequenos negócios”, projeto de Gestão da Inovação para Empresas de Micro e Pequeno Porte de empresas industriais de Minas Gerais.

As empresas participantes receberão uma consultoria que abrangerá 90% de subsídio do custo da consultoria; um diagnóstico que demonstra a evolução do nível de maturidade do sistema de Gestão, além da oportunidade de desenvolver novos projetos em parceria com a FIEMG e o Sebrae.

Fonte: https://goo.gl/Vc9e7X