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Corpos estranhos em alimentos podem complicar a vida das indústrias

Nada pode ser mais desagradável aos olhos e ao paladar do que encontrar um corpo estranho bem no meio do alimento que se está consumindo. Pior ainda é saber que esse mesmo produto pode conter microoganismos, substâncias químicas ou toxinas invisíveis capazes de transformar o alimento em perigo à saúde. O problema, ao que parece, é mais comum do que se imagina. Em 2016, a Associação Brasileira da Indústria de Café (ABIC) verificou que 30,7% das amostras de café analisadas apresentavam impurezas acima do limite legal, tais como cascas e paus. Além disso, foi encontrado milho em 2,1% delas. Também um estudo feito pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) catalogou 78 casos de insetos em alimentos nos bancos de dados dos tribunais de justiça do estado, com predominância em produtos como feijão, macarrão e chás. “A presença de corpo estranho como fragmentos de vidro, areia, paus, pelos de roedores e fragmentos de insetos, em geral, está ligada ao emprego de práticas inadequadas de produção, manipulação, armazenamento ou distribuição”, explica a diretora do Instituto SENAI de Tecnologia em Alimentos e Bebidas, Regina Sugayama.

Instituto oferece o serviço de análises de microscopia em alimentos e bebidas, voltado especificamente para atestar a qualidade e a segurança de produtos oferecidos pelas empresas mineiras do setor. “Durante o processo produtivo de um determinado alimento, pode ocorrer de uma lâmpada sem a proteção adequada estourar e um caco de vidro ser embalado junto com o produto; ou de fragmentos de inseto estarem presentes na matéria prima e serem processados no momento da preparação de um alimento fabricado em uma panificadora, por exemplo. Embora esses achados possam prejudicar a saúde do consumidor, não há, claramente, uma intenção da indústria”, salienta Sugayama, reforçando a necessidade de realização dos ensaios de microscopia para prevenção de riscos.

Mesmo nas situações em que a indústria comete fraudes, como mistura de ervas em chás, de sementes de mamão à pimenta do reino e de milho ao pó de café, é possível, de acordo com a diretora, detectar a inadequação por meio de ensaios de microscopia feitos por profissionais capacitados e seguindo as metodologias adequadas para cada produto. “Trata-se de um trabalho minucioso e de extrema responsabilidade, pois o consumidor está cada vez mais atento à segurança daquilo que oferece a sua família e os laudos de microscopia são, muitas vezes, decisivos em perícias”, avalia.

A realização de análise é garantia de proteção não apenas para o consumidor, mas para a própria empresa. A detecção de matérias estranhas em níveis superiores ao estabelecido pela ANVISA é motivo para interdição de produtos, e pode levar a indústria a responder criminalmente, caso se comprove que houve negligência.  “A perda de imagem que a indústria tem quando um lote é interditado e os custos de recall são, certamente, muito maiores do que o investimento em um programa de controle de qualidade que inclua os ensaios de microscopia”, alerta Sugayama.

Instituto SENAI de Tecnologia em Alimentos e Bebidas está localizado o Centro de Inovação e Tecnologia SENAI FIEMG (CIT), em Belo Horizonte. É, atualmente, o único em Minas capacitado para atender a indústria de alimentos e bebidas desde a etapa inicial, de definição do mix de produtos, até a preparação de documentos necessários para efetuar o registo do estabelecimento e dos produtos junto aos órgãos competentes.

A estrutura completa ocupa uma área de dois mil metros quadrados de laboratórios equipados para realizar análises físico-químicas, microbiológicas, microscópicas e moleculares. O Instituto oferece preços diferenciados para empresas associadas aos sindicatos.

Mais informações pelo telefone (31) 3489-2295.

Fonte: https://goo.gl/X2C8qZ